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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Transição Capilar: A Saga

Minha transição começou antes do que eu imaginava. Como disse no primeiro post, eu já tinha vontade de assumir meu cabelo natural mas não tinha me decido e não sabia por onde  começar .
Aquela coceirinha que dá de vontade de mudar começou por volta de 2014, que é quando me lembro. Eu já estava há pelo menos dois anos fazendo a mesma coisa: fazia a progressiva e um corte Chanel de bico, deixava crescer ao longo do ano sem nenhum cuidado a não ser retocar a progressiva e, em meados de dezembro , fazia tudo de novo.

Corte chanel de bico que adorava fazer 

Como tinha me mudado pra uma cidade grande, comecei a admirar cada vez mais meninas ostentando seus cabelos naturais. Comecei a pedir opinião de amigos que apoiavam mas, no fim das contas, acabava voltando pro mesmo processo.
Em agosto de 2015, já havia voltado pra minha cidade natal e cansada da mesmice, resolvi colorir meu cabelo de roxo, uma velha vontade que eu tinha. Pouco depois, fiz uma progressiva que viria a ser a última.

Cabelo colorido
Última progressiva em agosto 2015


Em dezembro de 2015, voltei pra cidade grande pra trabalhar temporariamente em um hostel. Lá já estava com a raíz de, mais ou menos, 4 dedos e com aquele incomodo que só quem faz progressiva sabe.O pessoal de lá sempre me perguntavam o porque de eu não assumir. No começo, ficava irritada mas comecei a pensar melhor nas sugestões e decidi que cortaria assim que voltasse pra casa. 

Reveillon 2016, por volta de 5 meses sem progressiva 

Janeiro2016 ,situação real da raíz crescida


E assim o fiz! Voltei depois do carnaval decidida a deixar meu cabelo natural mas o big chop não foi a primeira opção. Primeiro, pensei em fazer um permanente pra lidar com as duas texturas.
Convencida por uma prima que já passou pelo processo anos atrás e hoje tem o cabelo natural e é cabeleireira, desisti do permanente e cortei parte do cabelo, que ainda tinha pontas descoloridas. A ideia era fazer texturizações e ir cortar o restante de pontas lisas aos poucos.

Fevereiro 2016, primeiro còrte mais texturização

Foi quando comecei a pesquisar os cuidados e descobri os termos utilizados e seus significados: transição capilar, big chop, textuizações, cronograma capilar, tipos de cabelos, etc.
Não satisfeita com as texturizações, pois não duravam mais de um mês, resolvi cortar toda química do cabelo. Em 21 de março, fiz o Big Chop, 6 meses depois da última química!

Dia do Big Chop!

Confesso que, assim como a maioria das meninas, o big chop me trouxe aquela sensação de LIBERDADE que, antes, não achava possível por estar presa dentro do que é ideal para os padrões da sociedade. Me sinto muito feliz por ter me desconstruido e me empoderado!

Só desejo que quem esteja em dúvidas ou já em processo de transição se liberte também,
SEU CABELO NATURAL É LINDO!

Os descobrimentos pós BC conto no próximo post, até lá!

Beijos,
Julier.

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