Minha transição começou antes do que eu imaginava. Como
disse no primeiro post, eu já tinha vontade de assumir meu cabelo natural mas não
tinha me decido e não sabia por onde começar
.
Aquela coceirinha que dá de vontade de mudar começou por
volta de 2014, que é quando me lembro. Eu já estava há pelo menos dois anos
fazendo a mesma coisa: fazia a progressiva e um corte Chanel de bico, deixava
crescer ao longo do ano sem nenhum cuidado a não ser retocar a progressiva e,
em meados de dezembro , fazia tudo de novo.
Corte chanel de bico que adorava fazer |
Como tinha me mudado pra uma cidade grande, comecei a admirar
cada vez mais meninas ostentando seus cabelos naturais. Comecei a pedir opinião
de amigos que apoiavam mas, no fim das contas, acabava voltando pro mesmo
processo.
Em agosto de 2015, já havia voltado pra minha cidade natal e
cansada da mesmice, resolvi colorir meu cabelo de roxo, uma velha vontade que
eu tinha. Pouco depois, fiz uma progressiva que viria a ser a última.
Cabelo colorido |
Última progressiva em agosto 2015 |
Em dezembro de 2015, voltei pra cidade grande pra trabalhar temporariamente
em um hostel. Lá já estava com a raíz de, mais ou menos, 4 dedos e com aquele
incomodo que só quem faz progressiva sabe.O pessoal de lá sempre me perguntavam o porque de eu não
assumir. No começo, ficava irritada mas comecei a pensar melhor nas sugestões e
decidi que cortaria assim que voltasse pra casa.
Reveillon 2016, por volta de 5 meses sem progressiva |
Janeiro2016 ,situação real da raíz crescida |
E assim o fiz! Voltei depois do carnaval decidida a deixar meu cabelo
natural mas o big chop não foi a primeira opção. Primeiro, pensei em fazer um
permanente pra lidar com as duas texturas.
Convencida por uma prima que já passou pelo processo anos
atrás e hoje tem o cabelo natural e é cabeleireira, desisti do permanente e
cortei parte do cabelo, que ainda tinha pontas descoloridas. A ideia era fazer texturizações
e ir cortar o restante de pontas lisas aos poucos.
Fevereiro 2016, primeiro còrte mais texturização |
Foi quando comecei a pesquisar os cuidados e descobri os
termos utilizados e seus significados: transição capilar, big chop,
textuizações, cronograma capilar, tipos de cabelos, etc.
Não satisfeita com as texturizações, pois não duravam mais
de um mês, resolvi cortar toda química do cabelo. Em 21 de março, fiz o Big
Chop, 6 meses depois da última química!
Dia do Big Chop! |
Confesso que, assim como a maioria das meninas, o big chop
me trouxe aquela sensação de LIBERDADE que, antes, não achava possível por
estar presa dentro do que é ideal para os padrões da sociedade. Me sinto muito
feliz por ter me desconstruido e me empoderado!
Só desejo que quem esteja em dúvidas ou já em processo de
transição se liberte também,
SEU CABELO NATURAL É LINDO!
Os descobrimentos pós BC conto no próximo post, até lá!
Beijos,
Julier.